Desde o começo do ano, as pesquisas de intenção de votos têm demonstrado que o governo do atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), não tem sido observado pelos brasileiros como uma gestão satisfatória.
Entretanto, os números parecem evidenciar que essa insatisfação está cada vez mais notória. Em pesquisa divulgada pelo Ipec ontem (14) apontou que o presidente chegou ao maior nível de rejeição já registrado: 55%, conforme noticiado.
Diante do cenário "ladeira abaixo", aliados do centrão já estariam trabalhando com a cristianização da candidatura do presidente, ou seja, parlamentares ligados no índice de reprovação começam a elaborar a hipótese de "abandonar o barco", de acordo com o G1.
O portal relata que entre seus aliados há um senso de pragmatismo diante das pesquisas, e que a rejeição de 55% é bastante danosa para quem disputa a reeleição, podendo prejudicar a campanha de deputados, senadores e governadores.
Mesmo com os auxílios populares lançados pelo governo como o Auxílio Brasil, o Cadastro Único e o vale-gás, o chefe do Executivo ainda não teria conseguido reformular sua imagem diante da grande parcela da população, principalmente no Nordeste, onde o ex-presidente Lula ainda tem 63% das intenções de voto.
"Nesse momento, Bolsonaro ficou muito pesado para ser carregado pelas bases. Com esse cenário, é melhor se afastar para não ser contaminado pela rejeição", explicou uma influente liderança do centrão à mídia.
Parlamentares podem estar començando este movimento, no entanto, líderes como o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP) e o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, ainda continuam fiéis ao mandatário.
O presidente do Brasil Jair Bolsonaro e seu chefe de gabinete Ciro Nogueira gesticulam durante cerimônia para comemorar o Dia do Forro, no Palácio do Planalto em Brasília, Brasil, 13 de dezembro de 2021
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Ontem (14), Nogueira confirmou que será um dos coordenadores da campanha de reeleição do presidente no ano que vem, segundo o portal O Dia.