A declaração partiu do porta-voz do Ministério do Comércio da China, Wang Wentao, nesta sexta-feira (17).
"Não é a primeira vez que o governo dos EUA interfere na economia chinesa sob falsos pretextos de segurança nacional e violação dos direitos humanos, colocando um embargo nas mercadorias de Xinjiang, tentando assim controlar nossas exportações e investimentos. Essas medidas afetam seriamente as empresas chinesas e prejudicam a economia internacional e o comércio entre os dois países. A China lamenta veementemente tais medidas", disse Wentao.
Conforme publicou a emissora chinesa CGTN, o Ministério das Relações Exteriores da China também deu declarações nesta sexta-feira (17) contra as novas sanções norte-americanas.
"Instamos os EUA a corrigirem seus erros imediatamente. A China tomará todas as medidas necessárias para proteger firmemente os direitos e interesses legítimos das instituições e empresas chinesas", disse Wang Wenbin, porta-voz da chancelaria chinesa.
Na quinta-feira (16), o governo norte-americano impôs um novo pacote de sanções à China devido às acusações de suposto trabalho forçado e esterilização de uigures, minoria étnica muçulmana supostamente mantida em campos de reeducação e fábricas.
O Departamento do Tesouro dos EUA publicou um comunicado em que coloca a empresa chinesa DJI em sua chamada lista negra. A companhia é a maior fabricante mundial de drones.
Multidão na Praça de Aitigar, na província de Xinjiang
© AP Photo / Robert F. Bukaty
Além da DJI, outras sete empresas chinesas também foram sancionadas pelo Departamento do Tesouro. Devido às restrições, norte-americanos não poderão comprar ou vender títulos negociados publicamente pelas empresas.
Xinjiang é uma região de mineração rica em recursos, importante tanto para a produção agrícola quanto para a manufatura. A China prometeu retaliação contra a nova rodada de sanções norte-americanas.