Ciência e sociedade

Cientistas descobrem que há 41.000 anos auroras boreais eram vistas na linha do equador

Fenômeno normalmente observado nos polos extremos do nosso planeta teria sido deslocado após disrupção no campo magnético terrestre.
Sputnik
O estudo foi apresentado, na última quinta-feira (16), durante conferência da União de Geofísica dos Estados Unidos, em Nova Orleans. O grupo de estudiosos acredita que o fenômeno tenha se deslocado para o centro do nosso planeta após alterações no campo magnético da Terra causadas por uma perturbação geomagnética conhecida por evento Laschamp.
Segundo os cientistas, esse evento enfraqueceu o campo magnético terrestre, levando as partículas solares, que formam as auroras boreais, a se manterem mais próximo da Linha do Equador, ao invés de se concentrarem nos polos.
Segundo Agnit Mukhopadhyay, doutorando no Departamento de Ciências do Clima e Espaciais da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, e um dos autores do estudo, esse distúrbio magnético teria durado cerca de 1.300 anos e causado mudanças nas condições de vida na Terra, além de mudar a localização das auroras boreais.
Físicos afirmam ter resolvido mistério de 'cortinas de luz' de auroras
Para desenvolver o estudo, Mukhopadhyay e um grupo de cientistas usou de uma combinação de dados de sedimentos de rochas milenares com dados vulcânicos em uma simulação do magnetismo da Terra durante o evento Laschamp. Eles acreditam que a magnetosfera, que é o campo magnético que protege o nosso planeta de partículas lançadas pelo Sol, teria quase se dissipado.
Mukhopadhyay acredita que esse estudo não traz provas diretas sobre o elo entre mudanças no campo magnético terrestre e efeitos ecológicos, mas diz que os tipos de testes realizados são um caminho para que futuras pesquisas consigam comprovar tal relação e expandir o conhecimento sobre o tema.
Comentar