Nesta segunda-feira (20), o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, disse a Yuri Ushakov, assessor do presidente Vladimir Putin, que Washington está pronto para se engajar na diplomacia com Moscou.
O engajamento aconteceria não só entre as chancelarias, mas também por meio do Conselho OTAN-Rússia e da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE, na sigla em inglês).
No entanto, Sullivan observou que o diálogo deve ser baseado na reciprocidade e precisa "abordar nossas preocupações sobre as ações da Rússia".
"O progresso substancial só poderá ocorrer em um ambiente de desaceleração, e não de escalada", disse a Casa Branca, descrevendo a conversa entre as duas autoridades.
As negociações entre Sullivan e Ushakov ocorrem pouco depois de Moscou divulgar projeto de acordo com EUA e OTAN sobre garantias de segurança, entre elas, a promessa da OTAN de se abster de qualquer atividade militar na Ucrânia ou em outros países do Leste Europeu.
"Os participantes excluem a implantação de mísseis terrestres de médio e curto alcance em zonas a partir das quais sejam capazes de atingir alvos no território de outros participantes", declara documento conforme noticiado.
Também nesta segunda-feira (20), o vice-ministro das Relações Exteriores russo, Alexander Grushko, sublinhou que Moscou está assumindo uma posição dura em suas propostas de segurança e espera um "diálogo substantivo com os Estados Unidos".
Ele também alertou que a Rússia responderia proporcionalmente no caso de a OTAN posicionar armas ofensivas no território de seus países membros.