De acordo com o relatório, noticiado pelo portal G1, o reajuste do valor será apenas pela inflação, sem aumento real no poder de compra.
Com a disparada de preços nos últimos meses, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) passou de 8,4%, em agosto, para 10,18%. A taxa serve de base para a correção anual do salário mínimo.
O texto do Orçamento ainda passará pela Comissão Mista (CMO) e pelo plenário do Congresso Nacional para ter validade. As votações estão previstas para esta segunda-feira (20).
O índice exato da correção do salário mínimo, no entanto, só será realmente conhecido no início de janeiro, quando for divulgada a alta do INPC do ano fechado de 2021.
A última vez que o salário mínimo subiu acima da inflação foi em 2016, quando a ex-presidenta Dilma Rousseff governava o país. À época, ainda vigorava a política de valorização do salário mínimo, adotada em 2004 e estabelecida por lei a partir de 2007, que previa aumento pelo INPC do ano anterior mais ganho real correspondente à variação do PIB de dois anos antes.
Segundo informações do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo serve de referência para 50 milhões de pessoas no Brasil. Dessas, 24 milhões são beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).