Os quase US$ 6 milhões (R$ 34,4 milhões) em pagamentos seriam feitos ao Talibã para subsidiar o salário mensal dos combatentes, assim como fornecer uma ajuda de custo para sua alimentação.
De acordo com a Reuters, o financiamento seria usado principalmente para aumentar os salários dos guardas do Talibã, assim como para proteção de funcionários do Ministério do Interior afegão.
O plano ressalta a persistente insegurança no Afeganistão após a tomada do Talibã em agosto, quando as últimas tropas norte-americanas partiram, bem como uma terrível escassez de fundos que prejudica o novo governo devido ao corte da ajuda financeira internacional.
"As Nações Unidas têm o dever como empregador de reforçar e, quando necessário, complementar a capacidade dos Estados anfitriões em circunstâncias em que o pessoal da ONU trabalha em áreas de insegurança", escreveu o porta-voz das Nações Unidas, Farhan Haq.
Os fundos propostos seriam alocados na crise social que paira sobre o povo afegão. Há escassez de alimentos em meio a uma falha nos serviços públicos e um colapso econômico.
O documento da ONU diz que a maior parte de um orçamento de segurança de US$ 4 milhões (R$ 22,9 milhões) proposto para 2022 seria compartilhado pelas 20 agências da ONU que operam no Afeganistão. Apenas em Cabul, são cerca de 3.500 funcionários da entidade.
No entanto, há dúvidas sobre se os pagamentos violariam as sanções da ONU e dos EUA contra o Talibã e suas lideranças.
Os pagamentos seriam supostamente feitos ao Ministério do Interior afegão, que está atualmente sob a liderança do deputado talibã procurado pelo FBI e sancionado pelos EUA, Sirajuddin Haqqani.
Cartaz "Buscando Informações" emitido pelo FBI americano para Sirajuddin Haqqani, nomeado como novo ministro do Interior do Afeganistão. Foto de arquivo
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