Conforme publicou o site chinês China Daily, o governo de Xian decidiu impor um lockdown após detectar 143 casos de infecção pelo novo coronavírus entre os dias 9 e 21 de dezembro deste ano. Foram 52 casos apenas na terça-feira (21). A maioria dos pacientes apresentou sintomas leves.
Diante do aumento no número de casos na região, 9.311 pessoas que tiveram contato próximo com os casos confirmados e outras 21.787 pessoas com algum contato com os infectados foram postas em quarentena. Além disso, cerca de 10,8 milhões de testes foram realizados até a quarta-feira (22).
Em Xian, cidadãos fazem fila para teste de COVID-19 após um surto na cidade, em 21 de dezembro de 2021
© REUTERS / Stringer
Apesar das ações realizadas, as autoridades locais afirmam que a situação de controle da epidemia na cidade é "complexa". Entre as rígidas medidas implementadas, está a imposição de que apenas uma pessoa de cada residência poderá sair a cada dois dias para comprar mantimentos básicos.
Todas as linhas de ônibus tiveram a operação suspensa e apenas veículos de carga relacionados a itens de necessidade diária ou de sanitária serão permitidos. Além disso, 3.574 escolas foram fechadas, o que impactou cerca de 1,78 milhão de estudantes. O governo local prometeu "repressão severa" contra a manipulação de preços e a divulgação de informações falsas sobre a epidemia.
Tolerância zero
A China mantém uma estrita política de "zero casos" de COVID-19, fechando regiões inteiras e realizando testes em massa para identificar possíveis surtos. Conforme dados do site Our World in Data, o país tem um total de 4.636 mortes causadas pela doença desde o início da pandemia, além de cerca de 100 mil casos confirmados.
A China já aplicou pelo menos a primeira dose da vacina contra a COVID-19 em 85% de sua população, sendo que 75% já tomaram a segunda dose. Ainda segundo o painel do Our World in Data, a última morte reportada por COVID-19 no país foi registrada em 25 de janeiro deste ano.