Propagação e combate à COVID-19

'Sem urgência': mortes de crianças por COVID-19 estão em patamar tolerável, diz Queiroga

O ministro da Saúde brasileiro, Marcelo Queiroga, afirmou em entrevista nesta quinta-feira (23) que o patamar de mortes de crianças no Brasil não inspira ações de urgência.
Sputnik
Queiroga deu a afirmação na porta no Ministério da Saúde, conforme publicou o jornal O Globo. Segundo ele, a faixa etária entre cinco e 11 anos é o grupo que registra menos óbitos em decorrência de infecção pelo novo coronavírus e por isso não é necessária uma decisão urgente em relação à vacinação de crianças no país.

"Os óbitos de crianças estão dentro de um patamar que não implica em decisões emergenciais. Ou seja, isso favorece que o ministério possa tomar uma decisão baseada na evidência científica de qualidade, na questão da segurança, na questão da eficácia", disse.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já deu aval para o uso do imunizante da Pfizer em crianças, mas o governo federal ainda não adotou a imunização para esse grupo.
Anteriormente, o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro (PL), se posicionou contra a vacinação de crianças e declarou que divulgaria os nomes dos técnicos da Anvisa que aprovaram o uso do imunizante nesse grupo. Após as declarações, a Polícia Federal identificou ameaças de morte contra funcionários da Anvisa.
Presidente Jair Bolsonaro fala com ministro da Saúde Marcelo Queiroga durante cerimônia no Palácio do Planalto, 29 de junho de 2021
Na quarta-feira (22), o Ministério da Saúde deu início a uma consulta pública sobre a aprovação da vacinação de crianças entre cinco e 11 anos no país. A consulta segue aberta até o dia 2 de janeiro.
A vacinação de crianças já está em curso em diversos países, incluindo Estados Unidos e Israel, além dos vizinhos Argentina e Chile.
Pelo menos 301 crianças morreram de COVID-19 ao longo da pandemia no Brasil, uma média de uma morte a cada dois dias, segundo as informações do jornal O Globo.
Comentar