Interferência política e ideológica atrapalhou controle da pandemia
"O Brasil não foi unificado no controle da pandemia. Em algumas regiões foram cumpridas medidas ditas científicas e orientações científicas, e outras tentaram fazer isso, mas houve uma interferência política, levando em conta simplesmente o lado ideológico e às vezes até religiosos", avalia o epidemiologista em entrevista à Sputnik Brasil.
"A gente viu que com a vacinação a gente consegue realmente, com 70% da população [vacinada], diminuir a COVID-19 na região, mas se aprendeu na Europa que essa imunidade que a gente conseguiu [...], não podemos relaxar as medidas não farmacológicas – o uso de máscaras, evitar aglomerações, usar sabão ou álcool 70º. Com isso se viu que, havendo esse conjunto – vacina e essas medidas – a gente tem tido uma mudança do comportamento da COVID-19 em todos os lugares do mundo", afirmou.
"Se a gente for para o lado social, de mudanças de comportamento, essa coisa toda, do ano passado para cá houve uma mudança muito grande. Se a gente recordar aqui do Natal passado, havia uma recomendação de não passar de 15 pessoas em uma festa dentro de casa. Hoje, a gente já tem uma recomendação que se estiver vacinado e for um grupo familiar que se relaciona, o uso da máscara já é uma coisa que propicia [o encontro]", afirma o pesquisador.