O exercício militar de dois dias, envolvendo as Forças de Autodefesa do Japão, Guarda Costeira e polícia, foi conduzido no final de novembro em uma ilha desabitada e remota.
De acordo com a agência de notícias Kyodo, citando fontes não identificadas do governo japonês, a ilha foi escolhida especificamente porque sua morfologia se assemelha muito à das disputadas ilhas Senkaku, ou Diaoyu na versão chinesa, que há muito tempo são motivo de discórdia entre o Japão e a China. No entanto, Tóquio decidiu não realizar o exercício militar nas ilhas Senkaku, optando por um local alternativo.
Grupo de ilhas disputadas no mar do Sul da China: Uotsuri, Minamikojima e Kitakojima denominados Senkaku no Japão e Diaoyu na China (foto de arquivo)
© REUTERS / Kyodo
Os exercícios foram supostamente baseados na premissa de que "forças estrangeiras" teriam ocupado as ilhas disputadas no mar da China Oriental. As autoridades em Tóquio, no entanto, evitaram nomear a China ou qualquer outra nação em particular como sendo susceptível de realizar tal "invasão".
O exercício contou com operações de desembarque de helicópteros e lanchas e envolveu aproximadamente 400 militares, conforme revelado pelas autoridades japonesas. O principal objetivo dos exercícios era melhorar a interação e o aproveitamento de informação entre várias partes das forças militares e de segurança japonesas.
As ilhas Senkaku estão localizadas a nordeste de Taiwan, com Pequim alegando que foi a primeira a descobrir e possuir o território desabitado no século XIV. As ilhas Diaoyu, como são conhecidas na China continental, acabaram ficando para o Japão no final do século XIX.
Navios da Guarda Costeira da China chegaram às imediações das ilhas em várias ocasiões nos últimos anos, o que o Japão vê como atos de provocação deliberada.