"O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, como presidente do Conselho Rússia-OTAN, decidiu convocar uma reunião do conselho no dia 12 de janeiro de 2022. Estamos em contato com Moscou para esse encontro", afirmou um representante da assessoria de imprensa do bloco militar.
O representante recordou a posição da OTAN, afirmando que, considerando as preocupações da OTAN sobre as ações russas, "qualquer diálogo com a Rússia deve ser realizado com base na reciprocidade, nos princípios importantes e nos documentos fundamentais da segurança europeia, em coordenação com os parceiros europeus da Aliança".
Por sua vez, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia afirmou estar considerando o convite para a reunião do Conselho Rússia-OTAN no dia 12 de janeiro, em que é preciso decidir diversas questões, inclusive sobre a composição da delegação.
"Estamos trabalhando no assunto. É preciso rever muitas questões, inclusive a composição da delegação. Como se sabe, em resultado das ações hostis da OTAN, não só não temos um embaixador, como não temos qualquer diplomata, representante militar credenciado junto da OTAN. Por isso, estamos revendo todas estas questões", declarou o vice-ministro das Relações Exteriores do país, Aleksandr Grushko.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, também declarou que a Rússia estava analisando a proposta da OTAN de realizar em janeiro uma reunião do Conselho Rússia-OTAN.
Ela também confirmou a disposição de Moscou de efetuar um diálogo direto com a OTAN sobre os acordos de garantias de segurança, propostas por Moscou, que buscam prevenir uma maior expansão da Aliança para leste e a implantação de armas da aliança próximo das fronteiras russas.
23 de dezembro 2021, 13:56
No dia 17 de dezembro, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia publicou os projetos de acordo com os EUA e a OTAN sobre novas garantias recíprocas de segurança na Europa.
Segundo Moscou, os países da OTAN devem se comprometer a conter a expansão do bloco para leste e a excluir a adesão da Ucrânia e outras nações da antiga União Soviética.
A iniciativa russa prevê a criação de uma linha direta com a OTAN para contatos de emergência e a troca regular de informação sobre exercícios e manobras militares.
Além disso, a Rússia insta os EUA a renunciarem reciprocamente à implantação de armas nucleares fora do território nacional e a repatriar as já implantadas.
A iniciativa estipula que nenhuma das partes deve instalar armamentos ou efetivos nas regiões fora do território nacional onde a outra parte o possa considerar uma ameaça à sua segurança, mesmo em caso de ocorrer no marco de organizações internacionais, alianças militares ou coalizões.