Os especialistas observaram que a nova cepa pode fortalecer a imunidade humana e reduzir as chances de reinfecção pela variante descoberta anteriormente.
Na pesquisa, eles examinaram 13 pacientes, sete dos quais foram vacinados contra o coronavírus com imunizantes da Pfizer e da Johnson & Johnson. Destes, 11 haviam sido infectados pela Ômicron.
Ao analisar a resposta dos anticorpos, os cientistas descobriram que os participantes que contraíram a variante Ômicron tiveram um incremento de mais de quatro vezes (4,4, mais precisamente) na ação de neutralização contra a variante Delta, duas semanas após o início da pesquisa.
Além disso, contra a Ômicron, a proteção do grupo subiu ainda mais e cresceu 14 vezes.
Os pesquisadores, porém, alertaram que ainda não está claro se apenas os anticorpos induzidos pela Ômicron contribuíram para a resposta imunológica ou se a vacinação e uma possível imunidade de infecção anterior interferiram. O estudo ainda não foi revisado por outros especialistas.
Pesquisas recentes sobre a nova variante indicam que a maioria dos infectados pela cepa descoberta na África do Sul apresenta sintomas leves, com menos riscos de hospitalização.
De acordo com um estudo do Imperial College London, no Reino Unido, publicado na última quarta-feira (22), a probabilidade de uma pessoa ser internada com a Ômicron é de 40% a 45% menor em comparação com a Delta.