Um dia após encontro com Bolsonaro, deputado é diagnosticado com COVID-19
Ontem (28), o deputado federal Coronel Armado informou ter testado positivo para a COVID-19, no dia seguinte a um encontro com o presidente Jair Bolsonaro, em São Francisco do Sul. Ele contou que fez o teste depois que sua esposa apresentou os primeiros sintomas e foi testada positiva. "Estou assintomático, já tive COVID-19, tenho as vacinas e acredito que não devo ter passado ao presidente, porque nosso contato foi rápido", disse o deputado, citado pelo portal UOL. Porém, julgando pelas fotos feitas durante o encontro, ambos os políticos estavam sem máscaras de proteção, além de que o presidente brasileiro diz não estar vacinado contra a doença. Entretanto, o Brasil confirmou mais 148 mortes e 8.356 casos de COVID-19, totalizando 618.723 óbitos e 22.252.231 diagnósticos da doença, informou o consórcio entre secretarias estaduais de saúde e veículos de imprensa.
Marco Aurélio: nomeação de general para TSE pode dar mau exemplo para sistema de Justiça
Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, na terça-feira (28), o ex-presidente do Tribunal Superior Federal, Marco Aurélio Mello, criticou a nomeação do general da reserva Fernando Azevedo e Silva para a diretoria-geral do TSE. De acordo com suas palavras, isso não ocorreu nem no regime militar do Brasil, e essa nomeação pode prejudicar o funcionamento do sistema judiciário. "O exemplo frutificará, já que vem de cima? Os [Tribunais] Regionais buscarão assessoria militar?", pergunta Marco Aurélio. Entretanto, outros antigos integrantes da corte eleitoral acreditam que a escolha de um militar para o posto não é problema nenhum. "Se o nomeado se comporta à luz das funções do cargo, pouco importa que seja civil ou militar, o que importa é que o cargo é civil por si mesmo", considera Ayres Britto, presidente do TSE em 2008-2010. O general e ex-ministro da Defesa começará a desempenhar as novas funções a partir de fevereiro de 2022.
Borell considera inaceitáveis exigências russas de pôr fim à expansão da OTAN para leste
O chefe da política externa da União Europeia, Josep Borrell, considerou inaceitáveis as exigências da Rússia sobre as garantias de segurança e a cessação da expansão da UE e da OTAN para leste. "As exigências relativas às garantias de segurança e à cessação da expansão da UE e da OTAN para leste são uma pauta puramente russa, com condições completamente inaceitáveis, especialmente no que se refere à Ucrânia", disse Borrell em uma entrevista ao jornal alemão Die Welt, publicada na noite desta quarta-feira (29). Segundo ele, o lado russo pela primeira vez "apresentou sua pauta por escrito", o que nunca tinha acontecido antes. "Somente os vencedores fazem isso: dizem que esta e aquela são as minhas condições", observou o diplomata da UE. Ele também acusou Moscou de "querer negociar a arquitetura de segurança europeia sem a União Europeia". Nas propostas de segurança apresentadas pela Rússia em 17 de dezembro, a OTAN é instada a parar suas atividades militares na Ucrânia e em outras ex-repúblicas soviéticas.
Josep Borrell chegando à reunião do Conselho Europeu em Bruxelas, 16 de dezembro de 2021
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Putin e Lukashenko se reúnem em São Petersburgo
O presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente belarusso, Aleksandr Lukashenko, têm hoje, quarta-feira (29), uma reunião na cidade russa de São Petersburgo, após a cúpula informal da Comunidade dos Estados Independentes, organização que envolve 11 antigas repúblicas da União Soviética. Os líderes vão resumir os resultados atingidos em 2021 e discutir os assuntos relevantes da cooperação bilateral, entre os quais o comércio entre os dois países e a parceria econômica e militar. Os presidentes também vão trocar opiniões em relação à agenda regional e às questões internacionais de interesse mútuo. Além disso, Putin e Lukashenko devem abordar o assunto da aproximação entre a Rússia e Belarus no âmbito da União da Rússia e Belarus, bem como os laços com países do Ocidente, a situação no leste da Ucrânia e o projeto de emendas à Constituição belarussa, divulgado nesta segunda-feira (27).
Presidentes dos países da Comunidade dos Estados Independentes na cúpula informal em São Petersburgo, Rússia, 28 de dezembro de 2021
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Biden diz 'vamos ver' sobre possível reunião com Putin em 10 de janeiro
O presidente norte-americano, Joe Biden, reconheceu a possibilidade de se reunir com seu homólogo russo, Vladimir Putin, no dia 10 de janeiro, mas ainda não há uma decisão final, segundo a Casa Branca. "Vamos ver", disse Biden em resposta a uma pergunta sobre o possível encontro com Putin. A reunião deve ocorrer uns dias antes da cúpula Rússia-OTAN em 12 de janeiro e das conversas entre a Rússia e a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE, na sigla em inglês). Como foi informado antes, espera-se que os Estados Unidos e a Rússia discutam o controle de armas e a situação na Ucrânia em 10 de janeiro. Putin disse no início de dezembro, após uma reunião virtual entre ele e Biden, que eles teriam que se encontrar novamente, possivelmente também em formato de videoconferência. Os dois líderes se encontraram pessoalmente pela última vez em Genebra, em junho passado.
Presidente dos EUA, Joe Biden, parte da Casa Branca em Washington, 27 de dezembro de 2021
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Maduro quer declarar Venezuela livre de grupos irregulares colombianos em 2022
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, pediu à Força Armada Nacional Bolivariana que faça com que em 2022 a Venezuela esteja livre de grupos armados irregulares colombianos. Durante a cerimônia de fim de ano das forças militares, o presidente disse que ao longo de 2021 os militares venezuelanos continuaram sua luta contra os referidos grupos armados provenientes da Colômbia, os quais qualificou como inimigos. "Estabeleço uma meta grande, mas se vocês tornarem isso possível, 2022 deve ser o ano em que a Venezuela consiga ter seu território 100% livre [...] de terroristas armados narcotraficantes da Colômbia", afirmou o mandatário. Maduro ressaltou a importância de liberar as povoações fronteiriças destas organizações criminais. No mês de março, ocorreram enfrentamentos entre as forças militares venezuelanas e grupos irregulares colombianos no estado de Apure, que deixaram 29 mortos dos dois lados.
Presidente cubano Miguel Díaz-Canel, presidente venezuelano Nicolás Maduro e chanceler cubano Bruno Rodríguez antes da cúpula ALBA em Havana, Cuba, 14 de dezembro de 2021
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