"Essas atividades são ainda mais lamentáveis porque ocorrem em um momento em que estamos progredindo nas negociações nucleares em Viena. [...] Pedimos ao Irã que não lance mais mísseis balísticos projetados para transportar armas nucleares, incluindo lançadores espaciais", declarou o Ministério das Relações Exteriores da França, citado pela Reuters.
O ministério francês afirmou ainda que as ações iranianas violam as resoluções do Conselho de Segurança da ONU.
Teerã nega que suas atividades espaciais sejam um pretexto para o desenvolvimento de mísseis balísticos.
Acordo nuclear
As negociações sobre a reativação do acordo nuclear do Irã foram retomadas depois de um bloqueio de cinco meses, com negociadores da Rússia, China, França, Alemanha e Reino Unido debatendo o tema com os líderes iranianos em Viena, Áustria.
O acordo nuclear iraniano tem por objetivo a limitação do desenvolvimento da energia nuclear pelo país, apenas para a produção de energia elétrica. Signatário do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP), o país argumenta que o desenvolvimento da tecnologia se destina somente a fins pacíficos, postura criticada especialmente por Israel.
O Irã é visto como a maior ameaça à existência de Israel e, como já foi dito por várias autoridades israelenses, o Tel Aviv não admitirá que o Irã tenha uma bomba atômica, pois o governo iraniano definiu por diversas vezes Israel como seu inimigo número um, com retóricas muito contundentes contra Israel.