Conforme os dados do consórcio dos veículos de imprensa, com base em informações das secretarias estaduais de Saúde, a média móvel de mortes subiu para 101 óbitos diários. Com isso, houve variação negativa de 10% em relação a 14 dias atrás. A tendência é de estabilidade.
Já a média diária de casos subiu para 17.100 infecções com o registro de 45.717 novos casos nesta quarta-feira (5). Em alta acelerada, a média móvel cresceu 477% em relação a duas semanas atrás. O Brasil acumula 22.395.322 casos da doença.
Os registros de casos de COVID-19 aumentaram de forma expressiva desde o início do ano. A escalada ocorre após semanas de instabilidade nos dados do Ministério da Saúde, inicialmente causada por um ataque hacker ocorrido no início de dezembro do ano passado. Na terça-feira (4), a divulgação de dados passou a ser normalizada.
Além do represamento de dados de casos e mortes, a presença da variante Ômicron e a redução de medidas como o uso de máscara e o distanciamento social também contribuem para a escalada no número de casos.
Com o aumento das infecções, diversas capitais cancelaram o carnaval e o Exército Brasileiro anunciou medidas internas de combate à COVID-19, como a vacinação de militares.
A variante Ômicron tem causado recordes de casos em diversos países, como Argentina, Itália, Espanha, França, Reino Unido e Estados Unidos. Nos EUA, mais de um milhão de casos foram registrados apenas na terça-feira (4).
Em Franca, São Paulo, pessoas aguardam atendimento em pronto-socorro, em meio ao aumento de casos de gripe durante a pandemia da COVID-19, em 5 de janeiro de 2022
© Folhapress / Igor do Vale
A média de mortes no Brasil está em alta nos seguintes estados: Pará, Mato Grosso, Bahia, Sergipe, Amazonas, Ceará, Pernambuco, Santa Catarina e Rondônia. Tocantins, Acre, Maranhão, Goiás, Paraná, Piauí e São Paulo registram estabilidade. As outras unidades federativas apresentam tendência de queda de óbitos.
Em relação à vacinação no Brasil, 75,74% da população brasileira já recebeu pelo menos a primeira dose da vacina contra a COVID-19. Já a segunda dose da vacina chegou a 67,48% da população. A dose de reforço foi aplicada em 13,35% dos brasileiros.