A afirmação foi feita na quarta-feira (5) em pedido de assistência militar enviado à CSTO, conforme divulgou o secretariado da organização em comunicado sobre o envio das Forças Coletivas de Paz do órgão ao país asiático.
"O Secretariado da CSTO confirma o recebimento de um apelo do lado cazaque solicitando assistência. O apelo diz que a situação é vista como uma invasão de gangues treinadas no exterior", diz o comunicado publicado no site da organização nesta quinta-feira (6).
O Cazaquistão manteve consultas junto aos membros do Conselho de Segurança Coletiva da CSTO e enviou um pedido de assistência militar aos chefes dos Estados-membros do órgão.
"O Conselho de Segurança Coletiva da CSTO decidiu enviar as Forças Coletivas de Paz da CSTO para a República do Cazaquistão por um período limitado a fim de estabilizar e normalizar a situação no país", acrescenta o comunicado.
Crise no Cazaquistão e pedido à CSTO
Protestos no Cazaquistão contra o aumento nos preços do gás liquefeito de petróleo (GLP) se espalharam pelo país nos últimos dias levando a cenas de confrontos com a polícia. Em todo o país, a Internet foi desligada e a transmissão de vários canais de TV foi temporariamente interrompida. Mais de 100 carros foram incendiados desde o início das agitações.
Na quarta-feira (5), o presidente do Cazaquistão, Kassym Jomart Tokaev, declarou estado de emergência em todo o país. Entre as medidas, o regime prevê toque de recolher e a proibição de eventos de massa, além da suspensão da venda de álcool e de armas.
Barreiras de policiais em frente do edifício da prefeitura de Almaty, Cazaquistão, 5 de janeiro de 2021
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Anteriormente, Tokaev dissolveu o governo e assumiu a liderança do Conselho de Segurança, até agora chefiado pelo antigo líder Nursultan Nazarbaev. O presidente afirmou que as autoridades vão agir o mais duramente possível contra infratores e prometeu um novo pacote de propostas.
Mais tarde, Tokaev realizou a primeira reunião do Conselho de Segurança cazaque, sob sua liderança, na qual chamou a situação no Cazaquistão de "um enfraquecimento da integridade do Estado", anunciando haver pedido ajuda à CSTO "para superar a ameaça terrorista".