Segundo declaração do presidente cazaque, as autoridades regionais do país retomaram o controle de suas respectivas regiões. De acordo com a assessoria de imprensa presidencial, o líder cazaque participou, nesta sexta-feira (7), de uma reunião com um comitê antiterrorista e deve realizar um discurso televisionado ainda hoje.
"A operação antiterrorista teve início. As forças de segurança estão fazendo um trabalho árduo. A ordem constitucional foi praticamente restaurada em todas as regiões do país. As autoridades regionais estão controlando a situação", disse a assessoria em comunicado citando o presidente.
Nos últimos dias, o Cazaquistão enfrenta uma crise gerada após manifestações de massa se espalharem pelo país em protesto contra o aumento nos preços do gás liquefeito de petróleo (GLP). Diversos confrontos com a polícia foram registrados nas ruas das principais cidades cazaques, como Almaty.
Conforme publicou a emissora Khabar 24 nesta sexta-feira (7), pelo menos 26 atiradores foram mortos em conflitos com forças de segurança em meio aos protestos. Além disso, 18 atiradores ficaram feridos e outras três mil pessoas foram detidas segundo a mídia, que cita informações do Ministério do Interior do Cazaquistão.
Tropas no Cazaquistão, na praça principal, em Almaty, onde centenas de pessoas protestam contra o aumento dos preços do gás, em 6 de janeiro de 2022
© REUTERS / Mariya Gordeyeva
Anteriormente, o governo do Cazaquistão declarou estado de emergência e solicitou assistência militar à Organização do Tratado de Segurança Coletiva (CSTO, na sigla em inglês). As Forças Coletivas de Paz da CSTO foram enviadas ao país por tempo limitado. Cerca de 2,5 mil militares da CSTO foram mobilizados.
Em comunicado do Secretariado da CSTO, o governo cazaque afirmou que gangues treinadas no exterior são responsáveis pela atual crise no país.