"[O presidente russo] Vladimir Putin quer ultrapassar a União Europeia [...] ele quer prejudicar a coesão da UE, que está se solidificando", afirmou ele em entrevista.
Suas declarações ecoam as palavras ditas anteriormente pelo chefe da política externa da UE, Josep Borrell, que tinha lamentado que Bruxelas "não possa ser um observador neutro nas negociações" agendadas para acontecerem em janeiro em Genebra, envolvendo a Rússia, os EUA e a OTAN.
No início desta semana, Le Drian emitiu um comunicado anunciando que ele, Borrell e vários outros altos dirigentes europeus tinham discutido as tensões em torno da Ucrânia e ressaltado a importância da participação do bloco nas conversas que vão ter impacto sobre a segurança europeia.
"Exigir o diálogo com a Rússia, baseado nos parâmetros que consideramos estarem em linha com os nossos interesses de segurança coletiva, é útil e necessário para reforçar a estabilidade estratégica na Europa", constatou o alto diplomata.
Enquanto Bruxelas continua lamentando sua falta de envolvimento nas próximas negociações de segurança, relatos afirmam que os líderes europeus acreditam que o bloco foi colocado de parte nas negociações devido às suas divisões internas.
Moscou e Washington acordaram realizar conversas em 10 de janeiro a fim de discutir tensões na Ucrânia. Em 12 de janeiro, os negociadores russos vão se reunir com seus parceiros da OTAN para debater as propostas de garantias de segurança russas.
As propostas do Kremlin incluem as demandas de que a OTAN cesse sua expansão para leste ou implementação de armas nos países vizinhos da Rússia.