Panorama internacional

Embaixador russo nos EUA: Rússia acredita que crise no Cazaquistão é fruto de provocação externa

Na sexta-feira (7), o embaixador russo nos Estados Unidos, Anatoly Antonov, afirmou que a Rússia acredita que a agitação civil no Cazaquistão foi fruto de forças estrangeiras que buscam minar a segurança e a integridade do país asiático.
Sputnik
Antonov deu as declarações sobre a situação da nação da Ásia Central em entrevista publicada pela Newsweek.
"A Rússia vê os acontecimentos violentos no país amigo, que foram provocados externamente, como destinados a perturbar sua segurança e integridade. Apoiaremos os esforços para restaurar a vida normal no Cazaquistão", disse o diplomata russo.
Antonov também teceu comentários diplomáticos sobre a Casa Branca, alertando que os Estados Unidos não devem questionar as ações tomadas no Cazaquistão. O diplomata afirmou ainda que a política externa norte-americana é responsável pela preocupação crescente de que ideologias religiosas desestabilizem a Ásia Central.

"Quanto ao papel de Washington, esperamos que ninguém questione o direito do Cazaquistão de aplicar o artigo 4 da Carta da Organização do Tratado de Segurança Coletiva [CSTO, na sigla em inglês]. Isso foi exercido para garantir a lei e a ordem na república aliada", acrescentou o diplomata ao comentar a preocupação dos países ocidentais com a decisão da CSTO de enviar forças de paz ao Cazaquistão.

Mais cedo, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, deu declarações questionando a necessidade do envio de forças da CSTO ao país. Segundo ele "não está claro o porquê deles [Cazaquistão] sentirem que precisam de qualquer ajuda externa". O diplomata norte-americano afirmou que as forças cazaques teriam capacidade para conter a crise sem o auxílio das forças de paz.
Em Almaty, no Cazaquistão, a polícia bloqueia uma rua para barrar manifestantes durante protesto, em 5 de janeiro de 2022
O Cazaquistão mergulhou em protestos de massa nos últimos dias após o aumento do preço dos combustíveis, o que culminou em violência e depredação nas principais cidades do país. Como consequência, um estado de emergência foi decretado pelo governo cazaque, que apelou às forças da CSTO para conter a crise.
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