A Casa Branca relembrou que Moscou manifestou suas preocupações a respeito da possível implantação de sistemas de mísseis ofensivos na Ucrânia.
"Conforme disse o presidente Biden ao presidente Putin, os Estados Unidos não têm intenções de fazer isso. Então, essa é uma das questões onde nós, provavelmente, chegaremos a um acordo, se a Rússia estiver pronta para aceitar compromissos recíprocos", afirmou o funcionário durante briefing por telefone.
Em 10 de janeiro, a Rússia e os Estados Unidos vão realizar em Genebra consultas a respeito das propostas russas sobre garantias de segurança, depois do que ocorrerão uma reunião do Conselho Rússia-OTAN, em Bruxelas, e consultas na plataforma da Organização para a Cooperação e Segurança na Europa, em Viena.
Em 17 de dezembro, a Rússia publicou os projetos de um acordo com os EUA e de um acordo com os países-membros da OTAN, que incluem, entre outros assuntos, posições sobre garantias mútuas de segurança na Europa, não implantação dos mísseis de médio e curto alcance dentro da zona de alcance um do outro e de rejeição da expansão posterior da Aliança Atlântica, inclusive por conta de países ex-soviéticos. Os documentos foram entregues a Washington e seus parceiros.
Conforme declararam na chancelaria russa, em caso de ausência de reação, é possível uma nova rodada de confrontação. Em 30 de dezembro, os presidentes norte-americano e russo, Joe Biden e Vladimir Putin, tiveram uma conversa telefônica de 50 minutos. Biden deixou muito claro que os EUA não têm intenções de implantar na Ucrânia armas ofensivas, mas avisou sobre potenciais sanções. Putin, por sua parte, notou que nesse caso poderá se seguir um rompimento total das relações.
Anteriormente, o presidente Putin ressaltou que a expansão da OTAN para leste e o posicionamento de armas ofensivas no território ucraniano e nos países vizinhos da Rússia são "linhas vermelhas" para Moscou.