A antiga embaixadora dos EUA na ONU, da administração Trump, Nikki Haley, expressou no Twitter seu orgulho por estar entre dezenas de funcionários americanos adicionados à lista de sanções do Irã contra o terrorismo.
Quando você é sancionado pelo Irã, o principal país patrocinador do terrorismo no mundo, sabe que está fazendo algo certo. Crachá de honra
"Um crachá de honra absoluto", acrescentou ela em outro tweet no domingo (9).
Lista de sanções
"O principal país patrocinador do terrorismo" é um termo frequentemente usado por Haley e outros membros da administração Trump para se referirem à República Islâmica, particularmente após a decisão de Donald Trump de abandonar unilateralmente o acordo nuclear iraniano em 2018.
Teerã tem rejeitado a designação, com seus funcionários sugerindo que são os EUA e seus aliados que agem como "terroristas" na região. Em 2020, depois que o Departamento de Estado dos EUA qualificou o Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica de organização terrorista estrangeira, Teerã respondeu rotulando todos os militares norte-americanos de terroristas.
As tensões parecem ter diminuído um pouco sob a administração Biden, já que a Casa Branca se envolveu nas negociações em Viena sobre o possível regresso dos EUA ao acordo nuclear.
Haley serviu como embaixadora dos EUA na ONU de 2017 a 2018, antes de deixar o cargo para virar membro do conselho de diretores da Boeing, uma gigante aeroespacial e de defesa.
Ela e outros cinquenta altos funcionários norte-americanos, antigos e na ativa, inclusive altos dirigentes do Pentágono, foram incluídos na lista de sanções iranianas por seu suspeito envolvimento no assassinato do comandante Qassem Soleimani ou por seu papel geral "na glorificação do terrorismo e na violação dos direitos humanos fundamentais".
Em comunicado sobre as novas restrições, o Ministério das Relações Exteriores do Irã especificou que, "ao cometer o ato de terror [contra Soleimani], o governo dos EUA violou claramente suas obrigações internacionais no domínio da luta contra o terrorismo e o financiamento de terroristas".