Propagação e combate à COVID-19

Nova CPI à vista: PT quer abrir comissão para investigar ataque hacker que apagou dados da Saúde

Ataque ao SUS em dezembro do ano passado apagou diversos dados sobre a pandemia no país que dificultaram o monitoramento da COVID-19 no Brasil.
Sputnik
De acordo com o portal UOL, o PT quer abrir uma Comissão de Inquérito Parlamentar (CPI) para apurar o ataque hacker que apagou os dados da Saúde em relação à COVID-19 em meados de dezembro.
A coleta de assinaturas será liderada pela presidente do partido, Gleisi Hoffmann, pelo líder da sigla no Senado, deputado Reginaldo Lopes (MG) e pelo deputado Alexandre Padilha (SP), segundo a mídia.

"O Brasil precisa saber quem foram os responsáveis pelo apagão de dados e se informações sobre vacinação, internações e indicadores de gestão foram comprometidas. Nós do PT queremos uma CPI para investigar o apagão no Ministério da Saúde!", disse o deputado Reginaldo Lopes.

No dia 10 de dezembro do ano passado, o site do Ministério da Saúde foi alvo de um ataque hacker que resultou na queda de alguns sistemas, como e-SUS Notifica, Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) e ConecteSUS (aplicativo que fornece comprovante de vacinação).
A instabilidade das plataformas persistiu ao menos até o fim do ano e dificultou o monitoramento da pandemia.
No final de dezembro, o aplicativo do ConecteSUS, do Ministério da Saúde, foi atualizado, mas ainda apresentava instabilidades
Segundo Marcelo Branquinho, CEO da TI Safe, entrevistado pela Sputnik Brasil, há preocupação com os portais do governo do Brasil, pois, de acordo com o especialista, esses ataques estão crescendo, e "nós não estamos preparados para evitá-los".
"A maioria das empresas de infraestrutura crítica no Brasil não estão preparadas para evitar os danos de um ransomware [software de extorsão que exige resgate]. As empresas de energia estão investindo em cibersegurança, mas a grande maioria do resto não", afirmou.
Em nota, o Ministério da Saúde informou que as plataformas para registros de infectados e vacinados foram restabelecidos na última semana de dezembro, possibilitando a inclusão de dados por estados e municípios. Entretanto, alguns sistemas continuam instáveis hoje (10), de acordo com o UOL.
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