Panorama internacional

Bundestag, o Parlamento alemão, só aceitará deputados vacinados e testados

O Parlamento alemão proibiu a partir de quarta-feira (12) a entrada de deputados não vacinados no plenário.
Sputnik
Embora parlamentares classificados pela imprensa alemã como de "ultradireita" tenham criticado as novas medidas, a regra foi aprovada e entrará em vigor a partir de amanhã (12).
Os deputados alemães só poderão acessar os edifícios do Bundestag, o Parlamento alemão, se comprovarem ter tomado as duas doses da vacina contra COVID-19 . Além disso, será obrigatório apresentar um teste negativo de coronavírus recente.
Segundo informações do portal Deutsche Welle, também será exigido o uso de máscaras PFF2 no interior do prédio. Simples máscaras cirúrgicas não serão mais aceitas.
As novas regras foram informadas aos parlamentares em carta do diretor do Bundestag, Lorenz Muller.
Bandeira da Alemanha no Bundestag, o Parlamento federal alemão, em 19 de maio de 2021. Foto de arquivo
Lorenz explicou que o crescente número de casos de COVID-19 na Alemanha e a disseminação da variante Ômicron representam um "risco crescente de infecção" para os membros do Parlamento.
Parlamentares de partidos considerados de ultradireita classificaram as medidas como desproporcionais, motivo pelo qual pretendem ingressar com medidas legais na Justiça alemã.
As novas regras significam que "grande parte dos parlamentares da AfD [Alternativa para a Alemanha] estão excluídos de atuar no plenário", criticou o assessor jurídico da legenda, Stephan Brandner.
"Esta ordem carece de qualquer proporcionalidade e equivale a uma vacinação obrigatória ou mesmo exclusão deliberada de deputados", acrescentou.
O Instituto Robert Koch (RKI), agência governamental para o controle e prevenção de doenças, relatou nesta terça-feira (11) um aumento na incidência nacional de casos de COVID-19 no país. Atualmente, são 387,9 infectados a cada 100.000 habitantes em uma semana.
No total, a Alemanha registra oficialmente 7.581.381 casos de COVID-19 e 114.351 mortes pela doença desde o começo da pandemia.
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