Panorama internacional

Turcomenistão oferece gás e energia ao Cazaquistão em meio à crise

O Turcomenistão está disposto a fornecer gás e energia ao Cazaquistão, informou o vice-presidente turcomeno e ministro das Relações Exteriores, Rasit Meredow, nesta terça-feira (11).
Sputnik

"O Turcomenistão está pronto para começar a exportar gás natural para a República do Cazaquistão a partir de março", disse Meredow, em videoconferência entre chanceleres no Conselho Túrquico, organização internacional que reúne países da região. "O Turcomenistão também está pronto para fornecer ao Cazaquistão a quantidade necessária de eletricidade", completou.

O vice-presidente turcomeno garantiu que Asgabate continuará trabalhando "em estreita colaboração" com os Estados membros da organização "para manter a paz e a segurança e garantir o desenvolvimento econômico, social e humanitário dos países da região".
Segundo Meredow, o Turcomenistão, "como um estado neutro reconhecido pela comunidade mundial, está pronto para fornecer qualquer tipo de apoio ao povo cazaque nas esferas econômica, social e humanitária".
Nos primeiros dias de 2022, o Cazaquistão foi palco de protestos massivos e violentos em diversas cidades. O levante começou em Zhanaozen e Aktau, localizadas no Oeste do país, onde a população foi às ruas para se manifestar contra o aumento dos preços do gás liquefeito.
Porém, os atos ganharam outros contornos na sequência e levaram o país a uma crise de proporção internacional.
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Cerca de 6.000 pessoas foram presas até o momento. Em 5 de janeiro, o presidente cazaque, Kasim-Yomart Tokaev, assumiu a liderança do Conselho de Segurança Nacional, chefiado até então pelo ex-presidente Nursultán Nazarbaev.
Além disso, Tokaev pediu à Organização do Tratado de Segurança Coletiva (CSTO, na sigla em inglês) que enviasse uma missão de paz para lidar com a "ameaça terrorista" e as tentativas de minar a integridade do estado cazaque.
A organização, composta por Armênia, Belarus, Cazaquistão, Quirguistão, Rússia e Tajiquistão, respondeu imediatamente ao pedido, e o primeiro contingente chegou ao país em 6 de janeiro.
As autoridades cazaques também decretaram estado de emergência até 19 de janeiro e toque de recolher das 23h às 7h.
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