As Forças Armadas dos EUA devem realizar exercícios de combate expansivos na Carolina do Norte e do Sul, alertando aos moradores de que os soldados das operações especiais em treinamento podem disparar tiros e sinalizadores enquanto simulam batalhas contra forças de "guerrilha".
Apelidado de Robin Sage, o "exercício de guerra não convencional" será realizado entre 22 de janeiro e 4 de fevereiro em terras privadas em dezenas de condados do sul, disse o Centro e Escola de Guerra Especial John F. Kennedy em comunicado citado pela mídia local.
O exercício vai encenar uma luta simulada com um "movimento de resistência" composto por "guerrilheiros pela liberdade" na nação fictícia de Pineland, disse o centro de guerra, observando que eles atuarão como "forças opostas realistas". Robin Sage serve como teste final no Curso de Qualificação das Forças Especiais de elite, um programa de treinamento intensivo para boinas verdes do Exército.
Os candidatos serão colocados em um ambiente de "instabilidade política caracterizada por conflitos armados", que forçará o grupo de soldados a "analisar e resolver problemas" em um cenário do "mundo real" – enquanto enfrentam "guerrilheiros" selecionados de Fort Bragg (região da Carolina do Norte), bem como alguns voluntários civis especialmente treinados que atuarão como figurantes para adicionar "realismo" ao exercício.
O centro de guerra especial foi rápido em alertar que "os moradores podem ouvir disparos de arma de fogo em seco e ver deflagrações ocasionais" durante o exercício, acrescentando que "controles estão em vigor para garantir que não haja risco para pessoas ou propriedades".
Embora variações do exercício Robin Sage têm sido realizadas desde 1974, uma iteração anterior em 2002 viu um ajudante de xerife local atirar fatalmente em um soldado e ferir gravemente outro, confundindo-os com criminosos. Desde então, os militares priorizaram o aviso público antecipado da simulação de combate em um esforço para evitar tragédias semelhantes, dizendo a qualquer residente preocupado que "entre em contato com as autoridades policiais locais, que entrarão imediatamente em contato com as autoridades de controle do exercício".
Outras medidas de segurança a serem implementadas para o exercício deste ano incluem notificação formal por escrito à polícia local e departamentos de xerife e instruções completas a todos os participantes sobre o que fazer se entrarem em contato com a polícia, enquanto os alunos também usarão braçadeiras "distintivas" para mostrar que estão participando do exercício.
Embora a escola de forças especiais não tenha especificado os locais exatos onde o exercício será realizado, observou que ocorreria em 25 condados da Carolina do Norte – incluindo o condado de Wake, sua maior região em população – além de outros três na Carolina do Sul.