A Guarda Costeira dos EUA está assumindo um papel mais assertivo contra a China no oceano Pacífico e realizando missões que a Marinha americana é incapaz ou não está orientada para executar, disse o comandante da Guarda, almirante Karl Schultz.
"O que fazemos não é grande em números, mas acho que é bastante significativo em contribuição. Temos acesso, podemos ir a [vários] lugares", disse Schultz em um evento recente, citado pelo Business Insider.
Como exemplo, o comandante referiu o navio USCGC Munro, que realizou uma missão de mais de três meses no Indo-Pacífico em outubro passado, conduzindo exercícios com a Marinha australiana e passando pelo estreito de Taiwan, além de se juntar às forças de Taiwan para treinamento. Durante a sua implantação do Pacífico, Munro ficou subordinado à 7ª Frota dos EUA.
"Os chineses [ficam] muito nervosos quando a Guarda Costeira está lá treinando com os taiwaneses", disse Schultz. Há áreas que marcam a diferença, que irritam um pouco mais", afirmou.
Tecnicamente, os militares dos EUA e a Guarda Costeira estão proibidos de implantar tropas em território taiwanês ou realizar exercícios com os militares da ilha, segundo os acordos entre a China e os EUA alcançados nos anos 1970 e início dos anos 1980.
No entanto, no ano passado, foi revelado que um "reduzido número" de tropas dos EUA estavam ilegalmente implantadas em Taiwan desde, pelo menos, 2008, e que mais de 600 militares teriam estado na ilha nos últimos dois anos.