Anteriormente, Sergei Ryabkov, vice-ministro das Relações Exteriores russo, disse que não exclui nem confirma a possibilidade de a Rússia implantar suas infraestruturas militares em Cuba e na Venezuela. Por sua vez, o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, observou que Washington responderia de forma decisiva se Moscou implantasse tropas na América Latina.
"Estamos falando de Estados soberanos, não esqueçamos disso. É claro que, no contexto da situação atual, a Rússia está pensando em como garantir a sua própria segurança", comentou Peskov respondendo à pergunta dos jornalistas.
Em 17 de dezembro, Moscou publicou projetos de um acordo para reformular a segurança europeia, que propõem o fim da expansão da OTAN para o leste, incluindo para a Ucrânia, e a não colocação de mísseis, armas nucleares ou meios militares na proximidade dos dois lados.
As partes realizaram negociações em Genebra em 9 e 10 de janeiro. No entanto, mesmo antes do início das negociações, os EUA consideraram algumas partes do documento inaceitáveis, enquanto a Rússia salientou que este não era um ultimato, porém não aceitaria concessões unilaterais, especialmente sob pressão.
Anteriormente, Jens Stoltenberg, secretário-geral da Aliança Atlântica, reconheceu durante as negociações em Bruxelas, Bélgica, que há grandes diferenças nas abordagens dos assuntos geopolíticos entre a Rússia e a OTAN, mas que foi importante iniciar o diálogo.