Pyongyang não testa mísseis balísticos intercontinentais ou armas nucleares desde 2017. A suspensão dos lançamentos ocorreu em meio a encontros diplomáticos do líder norte-coreano Kim Jong-un com o então presidente dos EUA, Donald Trump, antes de as negociações fracassarem, dois anos depois.
"A política hostil e a ameaça militar dos EUA atingiram uma linha de perigo que não pode mais ser ignorada", diz um relatório estatal, divulgado pela KCNA e reproduzido pela AFP.
Ainda segundo a agência, as autoridades norte-coreanas reconheceram por unanimidade que é preciso realizar "uma preparação mais completa para um confronto de longo prazo com os imperialistas dos EUA".
A Coreia do Norte já realizou quatro lançamentos de mísseis em 2022. Os testes ocorreram nos dias 5, 11, 14 e 17 de janeiro e incluíram mísseis táticos guiados e hipersônicos.
Após Washington impor novas sanções ao país, no último dia 14, Pyongyang classificou a medida como "provocação" e alertou que reagiria "de maneira mais contundente".
De acordo com a KCNA, o conselheiro de Estado da China e ministro das Relações Exteriores, Wang Yi, afirmou, na última segunda-feira (17), que as sanções dos EUA apenas exacerbam as tensões na península coreana.