Nesta quinta-feira (20), a ministra da Defesa da Espanha, Margarita Robles, afirmou à Reuters que um navio "varredor de minas" já está a caminho e uma fragata deve partir dentro de três ou quatro dias. O governo de Madri também considera enviar caças para a Bulgária, disse ela.
"A Rússia não pode dizer a nenhum país o que fazer, então a OTAN vai proteger e defender a soberania de qualquer país que possa ou queira ingressar na OTAN", afirmou Robles.
Ainda segundo a ministra, a Espanha tinha preferência por uma "resposta exclusivamente diplomática" para resolver o conflito.
A contribuição espanhola para o destacamento militar da OTAN na Europa Oriental acontece depois que o ministro das Relações Exteriores, José Manuel Albares, e o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, discutiram uma resposta coordenada à suposta ameaça da Rússia à Ucrânia em uma reunião em Washington na terça-feira (18).
Até algumas semanas, a Rússia, em manobras militares integralmente defensivas e soberanas, segundo Moscou, havia concentrado dezenas de milhares de soldados em suas fronteiras com a Ucrânia e os países ocidentais temiam por um ataque.
O Kremlin nega que esteja planejando um ataque, mas diz que pode tomar uma ação militar não especificada se uma lista de exigências não for atendida, incluindo uma promessa de que a OTAN nunca vai admitir a Ucrânia como membro.
Autoridades ocidentais, diplomatas e ex-funcionários disseram à Reuters, nesta semana, que a OTAN se viu obrigada a considerar reforços, contrários a exigência de Putin, de que a aliança não se expanda mais para o leste.
A Dinamarca disse que estava enviando uma fragata para o mar Báltico esta semana e o presidente francês, Emmanuel Macron, se ofereceu para enviar tropas para a Romênia. Outras decisões sobre o envio de tropas podem ser tomadas já na cúpula da OTAN, em Madri, em junho, disseram diplomatas e autoridades.