A enorme nuvem de poeira se estende da Mauritânia, na região oeste da África, até a Irlanda, na Europa, uma distância de mais de 4.000 quilômetros.
O Serviço de Monitoramento Atmosférico Copernicus (Cams, na sigla em inglês) prevê que a nuvem vai continuar em movimento e em seguida viajar para a região noroeste do continente europeu.
De acordo com informações do The Independent, especialistas acreditam que a nuvem pode chegar até a Islândia, país que está a mais de 8.000 quilômetros de distância do deserto do Saara.
O Satélite Copernicus registrou a passagem da nuvem de poeira do Saara
© Foto / Copernicus
A nuvem de poeira é causada por uma massa de ar seco que se forma acima do deserto, chamada de capa de ar saariana. Normalmente a nuvem se movimenta do continente africano em direção às Américas, mas também pode subir para a Europa, como está acontecendo agora.
De acordo com agência norte-americana de Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA, na sigla em inglês), as consequências causadas pela movimentação de poeira da capa saariana podem afetar o sistema respiratório de humanos, em razão das partículas muito finas de areia. No entanto, acredita-se que a nuvem seja benéfica para a natureza, levando minerais para o solo da Floresta Amazônica e ajudando a prevenir a formação de furacões no Hemisfério Norte.
Imagem de satélite mostra nuvem de poeira 'Godzilla' sobre o oceano Atlântico
© Foto / Public domain / NASA / Saharan dus
Em 2020 o mesmo fenômeno tomou conta dos noticiários e até foi apelidado de "Godzilla". À época, a nuvem foi até o Caribe e causou problemas respiratórios na população de diversas cidades.
Além da poeira, o Saara também vem sendo alvo de comentários nesta semana após nevar na região de Ain Séfra, na Argélia, criando imagens espetaculares do contraste entre o gelo e a areia do deserto.