Panorama internacional

EUA criam plano de sanções para minar exportações russas com prejuízos de US$ 50 bilhões, diz mídia

O presidente norte-americano, Joe Biden, havia dito, na semana passada, que os EUA aplicariam sanções inéditas caso a Rússia venha invadir a Ucrânia.
Sputnik
De acordo com reportagem publicada pelo jornal alemão Bild, nesta terça-feira (25), os Estados Unidos estão preparando, em conjunto com a CIA, um pacote de sanções adicionais contra a Rússia em caso de uma escalada de tensões com a Ucrânia.
A publicação afirma que as sanções foram apresentadas pelo secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, durante visita a Berlim na última quinta-feira (20). O Bild também informa que as sanções são focadas na exportação de commodities e armas russas. O impacto financeiro estaria na casa dos US$ 50 bilhões, cerca de R$ 275 bilhões.
A matéria afirma que Blinken teria deixado "claro" o plano de "bloquear as rotas mercantis russas em todo o mundo".
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Segundo o Bild, as relações diplomáticas também seriam reduzidas, como parte das sanções, com o corte de funcionários de embaixadas russas em países do Ocidente.
Também nesta terça-feira (25), a Casa Branca reforçou a informação de que os Estados Unidos estão preparando sanções para a Rússia, acrescentando que serão sanções simultâneas e não graduais.
Um alto funcionário da presidência norte-americana afirmou ainda que as ações dos EUA podem não ser iguais a dos países europeus, mas o intuito é o mesmo: "Criar grandes consequências à Rússia, infligir um golpe imediato e forte [...] tornar sua economia mais frágil e sufocar a ambição do [presidente russo Vladimir] Putin de exercer influência no cenário mundial".
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O governo da Rússia segue negando a possibilidade de uma invasão à Ucrânia, justificando que a movimentação de tropas em território russo não deveria gerar preocupações e que é uma resposta à militarização junto das fronteiras russas por parte da OTAN, incluindo na Ucrânia, que não é oficialmente Estado-membro.
No final do ano passado, Moscou publicou projetos para reformular a segurança europeia, que propõem o fim da expansão da OTAN para o leste e a não instalação de mísseis, armas nucleares ou meios militares perto das fronteiras russas e dos países da Aliança Atlântica.
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