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Mais novo porta-aviões dos EUA pode não ser capaz de se defender como esperado

O porta-aviões da classe Ford, USS Gerald R. Ford (CVN 78) e o porta-aviões da classe Nimitz, USS Harry S. Truman (CVN 75) transitam pelo Oceano Atlântico 4 de junho de 2020
Novo relatório identificou "várias deficiências de projeto" na embarcação que não haviam sido detectadas anteriormente.
Sputnik
Segundo a Bloomberg, o porta-aviões de US$ 13 bilhões (cerca de R$ 71 bilhões), o USS Gerald R. Ford, está aumentando as preocupações do Pentágono depois que uma nova avaliação observou que a embarcação "ainda está para demonstrar que pode efetivamente" se defender contra mísseis antinavio e outras ameaças.
O relatório detalha que os interceptores de mísseis do navio, radares e sistemas de disseminação de dados funcionaram de forma inconsistente em condições de teste, limitando a capacidade do navio de destruir armas hostis direcionadas contra ele.
O escritório de testes do Pentágono disse que uma avaliação dos principais sistemas "identificou várias deficiências de projeto não descobertas anteriormente", acrescentando que a Marinha já havia destacado áreas onde a embarcação e seus três navios irmãos poderiam ser aprimorados para melhorar a capacidade de sobrevivência.
Sua deficiência em neutralizar as ameaças recebidas era aparente, embora os sistemas de sensores "detectassem, rastreassem e engajassem satisfatoriamente os alvos", disse a avaliação.
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Ainda segundo o escritório de testes, o sistema da embarcação semelhante a uma metralhadora Gatling também "passou por inúmeras falhas de confiabilidade que, em vários casos, impediram o sistema de executar sua missão".
O relatório, que contém informações não classificadas e "não classificadas controladas", já foi distribuído para a Marinha, disse a Bloomberg. O escritório de testes alegou que se trata "apenas de uma avaliação limitada" da eficácia de que o sistema de combate é atualmente capaz e observou que o escritório de testes planeja enviar um relatório provisório ao Congresso até 30 de setembro.
A embarcação, a primeira de uma nova classe de porta-aviões movidos a energia nuclear que pretende projetar o poder dos EUA em todo o mundo, tem enfrentado problemas de confiabilidade desde que foi entregue à Marinha, há quatro anos.
Em janeiro passado, um relatório semelhante destacou problemas com os sistemas de decolagem e aterrissagem de última geração do navio. A avaliação mais recente também observou a "confiabilidade baixa ou desconhecida" de seus sistemas de lançamento e recuperação de aeronaves.
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