Segundo Nogueira, o anúncio é resultado de "um longo processo de aproximação, iniciado ainda na década de 1990 e que se tornou, a partir de 2018, no governo do presidente Jair Bolsonaro, prioridade da política externa do Brasil".
Ele destacou ainda que, independentemente do convite, o país já havia aderido a 103 dos 251 instrumentos normativos da OCDE, sendo 37 na gestão do governo Bolsonaro.
Já Carlos França ressaltou que a decisão do Conselho de Embaixadores da OCDE foi unânime, "sem qualquer oposição dos membros". Para o chanceler, a ascensão do Brasil no órgão "tem a ver com o lugar do Brasil no mundo".
"[O ingresso do Brasil] trará a aderência de melhores práticas de governança e de combate à corrupção, de melhoria de políticas públicas, além de muitos benefícios à economia", afirmou França.
O ministro Paulo Guedes, por sua vez, comemorou o convite lembrando que agora o Brasil será o único país a estar presente no G20 (grupo que reúne as principais economias globais), no BRICS (bloco entre Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e na OCDE.
"O processo de acesso à OCDE é o reconhecimento de que somos um grande país", disse Guedes. "Mais de um terço dos requisitos legais foram atendidos por esse governo. Isso é expressivo. Estamos há mais de 30 anos tentando o acesso, porém, 37 dos 103 requisitos foram atendidos em apenas três anos do nosso governo, sendo que em dois estamos nessa guerra da pandemia", acrescentou.