Panorama internacional

China reforça que não vai aceitar interferência externa em disputa na fronteira com Índia

A declaração foi dada durante coletiva de imprensa do Ministério da Defesa Nacional da China nesta quinta-feira (27).
Sputnik
O governo da China criticou a chamada "interferência" dos Estados Unidos sobre a atual situação fronteiriça entre a China e a Índia.
"A fronteira China-Índia é um assunto que importa somente aos dois países envolvidos, e ambos os lados são contrários à interferência de terceiros", disse Wu Qian, porta-voz do ministério.
O anúncio do porta-voz aconteceu dias depois da também porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, falar justamente sobre esta situação fronteiriça.
"Fomos bem claros sobre como vemos o comportamento de Pequim na região e no mundo: acreditamos que pode ser desestabilizador. Estamos preocupados com a tentativa da República Popular da China de intimidar seus vizinhos", afirmou Psaki no dia 11 de janeiro.
No dia 12 de janeiro, comandantes indianos e chineses realizaram uma reunião para abordar a crescente tensão na fronteira e as movimentações militares realizadas pelos dois lados. Após o encontro, os países divulgaram um comunicado conjunto anunciando a intenção de trabalhar em uma solução que seja boa para ambas as partes.

A situação na fronteira

Pequim e Nova Deli destacaram 50.000 militares para a fronteira entre os dois países, na área de Ladakh, região ao noroeste do lago Pangong Tso. No início de 2020, aconteceram confrontos, com mortes, entre os dois lados.
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Em setembro de 2020, Índia e China concordaram em retirar as tropas de certos pontos de tensão, como no vale de Galwan, posto de Gogra e no lago Pangong Tso, um processo que começou em fevereiro de 2021.
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