De acordo com o blog de Bela Megale em O Globo, o presidente, Jair Bolsonaro (PL), decidiu não ir à Polícia Federal depor sobre o vazamento do inquérito relacionado ao ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Segundo a jornalista, o presidente disse a aliados que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, o qual marcou para hoje (28) a data limite para o depoimento, o está "perseguindo" e tem "a intenção de humilhá-lo".
Bolsonaro decidiu então acionar a Advocacia Geral da União (AGU), que recorreu nesta sexta-feira (28) ao plenário do STF, para decidir se o mandatário pode prestar esclarecimentos por escrito.
No entanto, o pedido foi negado por Moraes nesta tarde, de acordo com o G1. Por volta de 14h00, hora marcada para o depoimento, quem apareceu na Polícia Federal foi o advogado-geral da União, Bruno Bianco. Nesse horário, Bolsonaro continuava no Palácio do Planalto.
Dentro do governo, a avaliação é de que a delegada responsável pelo inquérito já teria demonstrado que deve indiciar Bolsonaro e que Moraes estaria interferindo no inquérito da Polícia Federal. O presidente acusa o ministro de atuar como agente político, e não como um juiz isento.
A investigação sobre o vazamento do inquérito foi solicitada pelo TSE a Moraes após Bolsonaro conceder uma entrevista, em 4 de agosto, na qual se valeu do inquérito para atacar a segurança das urnas eletrônicas. Entretanto, o processo estava correndo em sigilo.