Chamado de Sistema de Último Alerta de Impacto Terrestre de Asteroide (ATLAS, na sigla em inglês) o aparelho era formado por dois telescópios no Havaí, no Hemisfério Norte, e agora o total chegou a quatro, com a adição de estruturas no Chile, no observatório El Sauce, e na África do Sul, na Estação de Observação de Sutherland.
"Um asteroide que vai se chocar com a Terra pode chegar a qualquer momento e de qualquer direção, por isso o ATLAS monitora todo o céu, todo o tempo", disse o investigador chefe do ATLAS, John Tonry, em entrevista ao Phys.org.
Com o término das obras e testes operacionais nos telescópios do Hemisfério Sul, agora o sistema ATLAS é capaz de rastrear todo o céu a cada 24 horas. A chegada dos dois novos telescópios possibilita que o sistema monitore o céu enquanto faz dia no Havaí. O ATLAS é o primeiro sistema no mundo capaz de fazer um monitoramento completo do céu em apenas um dia.
O ministro Blade Nzimande saudou a chegada do novo telescópio de rastreio de asteroides na África do Sul, parte do projeto ATLAS financiado pela NASA. ATLAS-Sutherland já detectou dois novos asteroides!
A partir de agora o ATLAS é capaz de detectar asteroides com diâmetro de 20 metros, o suficiente para destruir uma cidade, com 24 horas de antecedência. Já asteroides maiores, com diâmetro superior a 100 metros, são mais fáceis de detectar e podem ser avistados até três semanas antes.
De acordo com especialistas, a colisão com a Terra de um asteroide de 100 metros causaria uma destruição cerca de dez vezes maior do que a erupção do vulcão Tonga, no oceano Pacífico.
O conjunto de telescópios, com as duas unidades do Havaí, está em funcionamento desde 2017 e faz parte dos investimentos da NASA na melhora do rastreio de objetos perto da Terra (NEO, na sigla em inglês). Até hoje o sistema já detectou mais de 700 asteroides e 60 cometas.