"Geralmente quem leva um país para a ditadura é o chefe do Executivo. No Brasil, é o contrário: quem segura o Brasil para não caminhar rumo à Venezuela é o chefe do Executivo. Tem muita gente de outros Poderes conscientes. Alguns poucos não sei o que pensam", afirmou o presidente, conforme noticiou a Folha de S.Paulo.
A declaração ocorre um dia após cobranças do STF a Bolsonaro. No retorno dos trabalhos do Supremo em 2022, nesta terça-feira (1º), o presidente da corte disse que espera "estabilidade e tolerância" em um ano eleitoral e que "não há mais espaços para ações contra o regime democrático e para violência contra as instituições públicas".
Já o ministro Luís Roberto Barroso, também presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmou que "faltam adjetivos para qualificar a atitude deliberada de facilitar a exposição do processo eleitoral brasileiro a ataques de criminosos", em referência ao vazamento de dados por Bolsonaro em uma transmissão nas redes.
"Mas vamos fazer a nossa parte, vamos nos empenhar. Vamos cada vez mais fazer valer a força da nossa Constituição. Nós jogamos dentro das quatro linhas. Vamos cada vez mais exigir que o outro lado, alguns poucos do outro lado, pouquíssimos, joguem dentro das quatro linhas", disse o presidente, durante cerimônia no Palácio do Planalto sobre mudanças no INSS.
Na sexta-feira (28) passada, Bolsonaro faltou a um depoimento na Polícia Federal (PF) após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF. A Advocacia-Geral da União (AGU) chegou a recorrer da decisão do magistrado, mas o pedido foi negado.
A intimação ocorre no âmbito do inquérito que apura vazamento de investigação do TSE sobre ataque hacker ao tribunal.