"Pedimos à representante da OSCE para a Liberdade de Imprensa, Teresa Ribeiro, que responda imediata e publicamente a esta situação ultrajante. O silêncio encoraja os instigadores da guerra da informação a deteriorar ainda mais a situação e não dá crédito à nossa organização", disse Lukashevich, em uma sessão do conselho permanente da organização.
Ele observou que "a responsabilidade pela criação de 'linhas divisórias' no espaço de informação da Europa é inteiramente do lado alemão".
Na última quarta-feira (2), o regulador de mídia de Berlim-Brandemburgo (MABB, na sigla em alemão) proibiu as transmissões por satélite e pela Internet - incluindo aplicativos móveis e SmartTV - do canal de notícias RT na Alemanha. A instituição alegou que a RT DE havia começado a operar sem licença.
O canal RT DE, a versão alemã do RT, foi lançado no dia 16 de dezembro e bloqueado pelo YouTube no mesmo dia.
Logo em seguida, a MABB anunciou o início de uma investigação contra o canal. O diretor-geral da RT, Aleksei Nikolov, destacou que o canal obteve a licença de transmissão de acordo com a lei.
O RT DE é o quarto meio de comunicação mais assistido pelos alemães, segundo dados da Tubular Labs.
Em resposta, nesta quinta-feira (3), a Rússia encerrou a transmissão do canal Deutsche Welle no país, conforme anunciou o Ministério da Relações Exteriores.
Moscou também vai elaborar uma lista de funcionários envolvidos no bloqueio da transmissão do canal RT DE, com o objetivo de impedi-los de entrar no país, comunicou a chancelaria russa.