O comunicado oficial do órgão norte-americano aponta que as sanções são parte de uma medida para promover a responsabilização por ações contra dissidentes, incluindo "repressão de atletas belarussos no exterior".
O texto cita o caso da atleta olímpica belarussa Kristina Tsimanouskaya, que durante as Olimpíadas de Tóquio, em 2021, se recusou a voltar a Belarus e pediu abrigo na Polônia temendo represália após criticar as autoridades de seu país por ser inscrita em uma prova sem o seu consentimento.
O anúncio das sanções contra o grupo de cidadãos belarussos também foi divulgado nas redes sociais de Blinken.
Os EUA estão agindo sob a "Proibição Khashoggi" para impor restrições de visto sobre belarussos que se engajaram em atividades contra dissidentes. Nós permanecemos em solidariedade com os belarussos em apoio aos seus direitos humanos.
Presidente de Belarus, Aleksandr Lukashenko, visita campo de migrantes na fronteira com a Polônia, 26 de novembro de 2021
© Sputnik / Pavel Bednyakov
A Sputnik solicitou ao Departamento de Estado os nomes e o número de indivíduos belarussos sancionados, mas a informação foi negada pelo órgão de governo dos EUA, que alegou "confidencialidade" dos dados.
"Não podemos fornecer detalhes que possam indicar os indivíduos específicos incluídos nesta política", disse o Departamento de Estado em nota à Sputnik.
A chamada "Proibição Khashoggi" é um mecanismo de sanção diplomática dos EUA criado no ano passado para combater repressão transnacional. O nome do mecanismo faz menção a Jamal Khashoggi, jornalista saudita brutalmente assassinado em 2017 na Turquia por agentes de Riad dentro do consulado da Arábia Saudita.
Ainda segundo o comunicado assinado por Blinken, a ação anunciada na quinta-feira (3) é o mais recente esforço do governo dos EUA para responder à repressão contra jornalistas, ativistas e dissidentes.