Bolsonaro chama assessores de 'pau de arara' e erra origem de Padre Cícero
Durante a live semanal na noite desta quinta-feira (3), o presidente Jair Bolsonaro se irritou com a demora da resposta de seus assessores sobre a origem do Padre Cícero, chamando-os de "pau de arara". O líder religioso cearense foi citado pelo mandatário em razão dos 122 decretos de luto oficial que revogou e cuja revogação depois cancelou. Inicialmente, Bolsonaro errou dizendo que Padre Cícero era de Pernambuco. Logo pediu a confirmação aos assessores presentes: "Que cidade que fica lá? (silêncio) Cheio de pau de arara aqui e não sabem em que cidade fica Padre Cícero, pô? (silêncio). Juazeiro do Norte. Parabéns aí. Ceará, desculpa aí, Ceará", afirmou. Entretanto, o Itamaraty informou na tarde desta quinta-feira (3) que a visita de Bolsonaro a Moscou ocorrerá de 14 a 17 de fevereiro. O presidente recebeu o convite do líder russo Vladimir Putin para visitar a Rússia no final do ano passado.
Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, durante cerimônia no Palácio do Planalto, Brasília, 2 de fevereiro de 2022
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Deputados dos EUA dizem esperar eleições 'justas e transparentes' no Brasil
Nesta quinta-feira (3), a Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados dos EUA realizou uma audiência pública sobre as prioridades nas relações com os países latino-americanos. Além dos parlamentares, na reunião estiveram presentes Brian Nichols, vice-secretário para as Américas do Departamento de Estado, e Todd Robinson, do Escritório de Direito Internacional e Narcóticos. Nichols afirmou que o Brasil é "um parceiro forte e importante" para os Estados Unidos e disse que Washington pratica cooperação próxima com a nação em numerosas áreas. Continuou ainda, dizendo que "o Brasil tem uma democracia robusta e bem desenvolvida. Vão realizar eleições no fim do ano, e esperamos que essas eleições sejam livres, justas e transparentes", conforme cita o Correio Braziliense. Nichols garantiu também que "um diálogo robusto" será intensificado na Cúpula das Américas em junho.
Brian Nichols, vice-secretário para as Américas do Departamento de Estado
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Biden diz que líder do Daesh foi eliminado em resultado de operação na Síria
Uma operação norte-americana que visou eliminar Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurayshi, atual líder do Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países), na Síria resultou em mortes de ao menos três crianças e um adulto civil. Isso foi anunciado pelo porta-voz do Pentágono, John Kirby, durante o briefing na quinta-feira (3). Porém, um representante do Exército Nacional Sírio informou a Sputnik sobre a morte de 13 civis, inclusive seis crianças. No mesmo dia, o presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou que o líder do Daesh foi eliminado durante uma operação militar no nordeste da Síria. Ele acrescentou que todos os americanos regressaram da operação em segurança. Durante a missão americana, o líder do Daesh se recusou a render-se e morreu ao detonar uma bomba, que também matou membros de sua família . Kirby notou que os militares precisaram efetuar duas análises – de ADN e impressões digitais – para identificar o corpo de al-Qurayshi após a explosão maciça. Esta foi uma operação que os EUA planejaram por meses. O comando militar americano conduziu uma redução "apropriada" de conflitos antes da operação, segundo o porta-voz.
Pessoas observam casa destruída após operação militar americana na província síria de Idlib, 3 de fevereiro de 2022
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Jogos Olímpicos de 2022 começam em Pequim, com cerimônia de abertura
Os Jogos Olímpicos de Inverno começam oficialmente em Pequim hoje, sexta-feira (4) com a cerimônia de abertura no estádio Ninho de Pássaro. A arena foi o centro dos Jogos de 2008 e volta agora a sê-lo, enquanto Pequim se tornou a primeira cidade a sediar tanto os Jogos de Verão como os de Inverno. A cerimônia de abertura começa às 09h00, no horário de Brasília, na presença do presidente chinês Xi Jinping. Ele vai anunciar a abertura oficial das Olimpíadas e será acompanhado pelo homólogo russo, Vladimir Putin. Os EUA, Reino Unido, Canadá e Austrália estão entre os países que se juntaram ao boicote diplomático por alegada violação dos direitos humanos na China. No total, 21 líderes mundiais devem assistir aos Jogos. Alguns espectadores estarão presentes na cerimônia oficial, mas não está claro quantos serão, já que as entradas não foram vendidas para o público em geral devido à pandemia. As Olimpíadas durarão até 20 de fevereiro e acontecerão dentro de um vasto "circuito fechado" destinado a conter a disseminação do coronavírus. Mesmo assim, já houve relatos sobre mais de 300 casos da COVID-19 no circuito, entre eles um número indeterminado de atletas.
Bing Dwen Dwen, mascote dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2022, ao lado do monumento olímpico em Pequim, 4 de fevereiro de 2022
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Putin inicia visita à China e se reúne com Xi
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, vai negociar com o líder da China, Xi Jinping em Pequim. Os dois devem se reunir antes da cerimônia de abertura dos Jogos, à qual o presidente russo assistirá a convite de Xi. Durante as conversas, os líderes deverão abordar uma ampla gama de assuntos, inclusive laços bilaterais, agenda regional e global. A reunião será o primeiro encontro cara a cara de Xi com um líder mundial em dois anos. Após a reunião, os líderes emitirão um comunicado conjunto refletindo as "visões comuns" a respeito da segurança e outros aspectos, segundo informou um funcionário do Kremlin. Em meio às tensões com o Ocidente, a Rússia parece intensificar as relações com a maior nação mundial, e Putin foi o primeiro líder estrangeiro a confirmar a sua presença na abertura da Olimpíada. Ele qualificou as relações da Rússia com Pequim de "exemplares" em um telefonema de dezembro com Xi, chamando seu homôlogo de "grande amigo". Ontem (3), a agência Xinhua divulgou um artigo do presidente russo sobre as relações com a China.
Presidente russo Vladimir Putin e líder chinês Xi Jinping, durante reunião na residência oficial em Pequim, 4 de fevereiro de 2022
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EUA impõem sanções a nacionais belarussos
Os Estados Unidos impuseram restrições de vistos a múltiplos cidadãos belarussos pelo seu alegado papel em atividades contra dissidentes, informou ontem (3) o secretário de Estado Antony Blinken. "O Departamento de Estado está impondo restrições de vistos aos nacionais belarussos no âmbito do 'Ban de Khashoggi', ferramenta que a administração anunciou no ano passado para conter a repressão transnacional", segundo Blinken. O departamento recusou-se a revelar os nomes dos cidadãos belarrussos visados pelas novas restrições. Blinken afirmou que essa ação é mais um esforço da administração para responder à repressão contra jornalistas, ativistas e dissidentes. O secretário ressaltou a controvérsia em torno da atleta belarussa Kristina Tsimanovskaya durante os Jogos Olímpicos de Tóquio no ano passado. O "Ban de Khashoggi" são sanções e restrições de vistos anunciadas pelos EUA em memória do jornalista e dissidente político saudita Jamal Khashoggi. As restrições se aplicam a pessoas que "tenham estado diretamente envolvidas em atividades sérias de contradissidência extraterritorial".