Panorama internacional

Por trás dos ataques de Biden contra Rússia está temor ante a China, opina Guardian

Apesar da promoção do tema da "invasão russa" na Ucrânia, a Casa Branca considera Pequim, e não Moscou, a ameaça real, opina o observador da revista Guardian Simon Tisdall.
Sputnik
O autor da matéria analisou o recente pedido do presidente ucraniano Vladimir Zelensky ao líder americano Joe Biden de parar as conversas sobre "uma invasão iminente" das forças russas, já que essas declarações prejudicam a própria república ex-soviética.
Ao mesmo tempo, o analista nota as abundantes declarações duvidosas por parte dos políticos americanos e britânicos. É possível ouvir relatos sobre os planos de derrubar Zelensky e os riscos de um começo abrupto do conflito. Biden ainda afirmou que "a invasão" do território ucraniano pode levar à mudança da ordem global.
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Contudo, Tisdall acredita que a possibilidade de uma guerra eclodir é pequena, e previu que a crise acabará em nada, após o que o Reino Unido declarará a vitória e os políticos europeus um sucesso diplomático. Contudo, os próprios europeus vão perguntar, depois de toda essa histeria dramatizada, o que se passou.
"A resposta, em uma palavra, é a China", escreveu o analista.
Ele comentou que, apesar do apoio da OTAN e da proteção de interesses na Europa, das tensões nas relações com a Rússia, Biden e sua política externa focam-se na luta com a China. Na opinião de Tisdall, é Pequim que pode mudar a ordem mundial em desfavor da América. E Washington vê uma ameaça na cooperação russo-chinesa.
O eixo Moscou-Pequim "vai definir a época vindoura", continuou.
Ao resumir, o analista ressaltou que Biden, ao inventar uma alegada "invasão" da Ucrânia e ao reagir exageradamente a essa, demonstra na verdade seu temor ante a China.
Nos últimos meses, as mídias ocidentais têm relatado sobre a preparação por Moscou de planos de invadir a Ucrânia. A Rússia continua negando todas as acusações infundadas, segundo anúncios oficiais emitidos pelo Kremlin e pelo MRE.
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