"Na época, quando Poroshenko ainda era o presidente da Ucrânia, eu disse a ele que se ele tivesse algum tipo de problema no futuro, a Rússia estava disposta a lhe oferecer asilo político", disse o líder russo nesta segunda-feira (7).
Putin assegurou que a proposta ainda está de pé, apesar das "sérias discrepâncias" entre os dois. Ele ressaltou que, na sua opinião, o ex-presidente ucraniano "cometeu muitos erros" na maneira de abordar a crise em Donbass, mas condenou sua perseguição judicial "como um criminoso de Estado".
"Estamos dispostos a oferecer asilo na Rússia a pessoas como o senhor Poroshenko", afirmou.
O ex-presidente Pyotr Poroshenko (2014-2019) é acusado na Ucrânia de alta traição pela compra em 2014 de carvão para usinas ucranianas de Donbas, região envolvida há anos em um conflito armado com o governo central. Além disso, o ex-líder da Ucrânia está envolvido em vários processos criminais com status de testemunha.
Em 19 de janeiro, um tribunal de Kiev rejeitou o pedido da promotoria para prender o ex-presidente pelo caso de alta traição e aplicou uma medida de restrição, obrigando-o a comparecer a um tribunal sempre que solicitado e a entregar os seus passaportes para não deixar o país.