O Japão está pronto para organizar o fornecimento de gás natural liquefeito (GNL) à Europa no caso de uma escalada na situação em torno da Ucrânia, escreveu na quarta-feira (9) a agência japonesa Kyodo.
O Japão estaria planejando primeiro assegurar reservas de gás suficientes ao próprio país antes de alocar o fornecimento a países europeus. Não foi revelado o período e o volume de abastecimento.
A agência indica que haverá uma declaração oficial do governo japonês sobre o assunto mais tarde nesta quarta-feira (9).
Na sexta-feira (4) Koichi Hagiuda, ministro japonês da Economia, Comércio e Indústria, expressou vontade de explorar opções de fornecimento à Europa que não afetassem adversamente a população do Japão, devido a ser um país importador de energia. O primeiro foco está em garantir suprimentos para o Japão no final de 2022 e início de 2023, durante um inverno que é esperado ser particularmente frio.
Em janeiro foi relatado que os EUA estariam procurando fornecedores de gás adicionais para a Europa em meio às tensões com a Rússia, que é acusada de não aumentar o fornecimento além dos mínimos contratuais e de o poder cortar. Washington já teria enviado alguns navios de GNL à Europa para colmatar a falta de reservas no continente europeu. A própria União Europeia também está engajada em criar novas rotas de fornecimento de gás.
Moscou tem dito repetidamente que a Rússia cumpriu sempre seus compromissos de fornecimento de gás à Europa desde os tempos soviéticos e nega ter intenções agressivas contra a Ucrânia, afirmando que todas as alegações sobre tais planos são usadas como desculpa para justificar o aumento da presença militar e atividade da OTAN perto das fronteiras russas.