Panorama internacional

Expansão da OTAN desde o discurso de Putin em 2007 em Munique levou a Rússia ao limite, diz Peskov

Em seu discurso de Munique em 2007, o presidente russo Vladimir Putin levantou a questão da aproximação da OTAN às fronteiras russas, questão que ainda não foi respondida, e agora a Rússia se vê ante as "linhas vermelhas" de seus interesses nacionais e de segurança, disse à Sputnik Dmitry Peskov, porta-voz de Kremlin.
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Passaram 15 anos desde o discurso de Putin na Conferência de Segurança de Munique. Nesse discurso, ele criticou duramente a política externa dos EUA e a ideia de uma ordem mundial unipolar, e se opôs fortemente aos planos de expansão da OTAN e implantação de instalações antimísseis dos EUA no Leste Europeu.
"Putin se questionou por que a OTAN estava se aproximando de nossas fronteiras com sua infraestrutura militar. Esta questão, como podem ver, está também hoje no topo da pauta da política externa. Até agora, ninguém respondeu a esta pergunta", disse Peskov.
Peskov ressaltou que "já naquele tempo Putin dizia – aliás, poucas pessoas notaram – que o secretário-geral da OTAN no início, em 1991, disse que não expandir a infraestrutura militar da OTAN na Alemanha era a melhor garantia de segurança para a nova Rússia".
"Não deram ouvidos naquele tempo, mas o efeito cumulativo dessa expansão foi se acumulando e levou a que, como nosso presidente diz agora, a Rússia está diretamente ante 'linhas vermelhas' de seus interesses nacionais e de segurança", concluiu o porta-voz do Kremlin.
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As tensões entre o Ocidente e a Rússia em torno da Ucrânia têm aumentado no último ano, particularmente desde o final de 2021, com os EUA e a OTAN acusando Moscou de mobilizar forças militares na fronteira com seu vizinho em preparação de uma invasão.
Moscou tem rejeitado as declarações apontando a crescente militarização do território junto das fronteiras russas por parte da Aliança Atlântica, e sua cooperação com a Ucrânia, como ameaças à segurança da Rússia.
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