De acordo com informações da BBC, Hunt levou o fêmur em saco plástico para uma delegacia de polícia, que enviou o achado para ser analisado em laboratório. Hunt voltou ao rio Tâmisa para mostrar aos policiais onde tinha encontrado o osso, mas a maré já havia subido e o lugar desaparecido.
Meses depois, veio a notícia de que o osso tinha cerca de 5.000 anos de idade e pertencia a uma pessoa que viveu entre os anos 3516 e 3365 a.C., na Idade da Pedra.
"Me disseram que [o osso] era antigo e me pediram para tentar adivinhar a idade. A minha referência para coisas antigas tangíveis está ali perto da época medieval, mas eu errei por muito", disse Hunt em entrevista à BBC.
O osso milenar é mais antigo que a construção de Stonehenge e, segundo análise dos arqueólogos, pertencia a um ser humano de 1,70 metro de altura. Os testes realizados não conseguiram determinar se o fêmur era de homem ou mulher.
Por enquanto a relíquia está sob os cuidados de Simon Hunt, em sua própria casa em Londres, mas de acordo com ele a vontade é que um dia o osso seja exibido no Museu de Londres, onde está guardado o fragmento de um crânio da mesma época.
"Eu realmente não tinha pensado onde iria guardar o osso, só precisa ser em um lugar onde o gato não vá tirar um pedaço. Eu quero ser respeitoso, afinal isso [um dia] foi uma pessoa", contou Hunt.
Simon Hunt está guardando o fêmur milenar fora do alcance de seu gato
© Foto / Simon Hunt
Várias descobertas arqueológicas já foram feitas no rio Tâmisa, e inclusive é necessário possuir uma licença para coletar potenciais achados arqueológicos. Mas no caso de Hunt tudo foi um mero acaso e até então ninguém parece ter se incomodado com a retirada do osso.