O ministro propôs ao presidente continuar e trabalhar ainda mais nas negociações sobre o assunto.
"Acho que nossas capacidades ainda estão longe de se esgotar, elas [as negociações] não devem certamente continuar eternamente, mas na fase atual eu sugeria continuá-las e aumentá-las", segundo suas palavras.
A Aliança Atlântica tenta fazer com que seja ela a determinar o desenvolvimento da situação no continente europeu, notou ele: "Observamos, infelizmente, tentativas por parte dos nossos colegas da OTAN e da União Europeia, que busca seu lugar, para fazerem de alguma forma com que sejam justamente eles a determinar o desenvolvimento posterior do nosso continente".
De acordo com o alto diplomata, as possibilidades de diálogo de Moscou com o Ocidente não se esgotaram, e nos próximos dias esse tema continuará sendo discutido em diversos contatos.
Ele apontou que "o nosso trabalho consistente e explicativo e a aderência ao esclarecimento de que temos razão" vão ajudar ao processo, mantendo também "a disposição de ouvir quaisquer contra-argumentos fortes".
Nenhum dos países ocidentais destinatários da mensagem russa respondeu a essa questão: sobre como eles vão cumprir seus compromissos em relação à indivisibilidade de segurança no quadro da OSCE. A reação chegou apenas da União Europeia e da OTAN, o que Sergei Lavrov qualificou como "um desprezo".
Presidente russo, Vladimir Putin, e o ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, durante reunião no Kremlin, 14 de fevereiro de 2022
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"Recebi uma resposta insatisfatória. Nenhum dos meus colegas ministros respondeu à minha carta diretamente", afirmou.
"Considero isso um desprezo da norma, que foi adotada no mais alto nível e conforme a qual nenhuma organização não pode se considerar a principal ou dominante no Euro-Atlântico."
O ministro ainda acrescentou que, mesmo assim, a Rússia vai continuar obtendo uma resposta às suas perguntas legítimas sobre garantias dos colegas do Ocidente, ressaltando também que a questão central é a sobre a indivisibilidade de segurança, inclusive a não expansão da OTAN para o leste.