Nesta segunda-feira (14), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou a informação de que enviou às Forças Armadas um documento de 700 páginas com respostas sobre como funciona o sistema de voto eletrônico.
No entanto, a pedido das próprias Forças Armadas, o conteúdo do documento não foi divulgado, segundo o UOL.
De acordo com o TSE, as perguntas que foram apresentados à Corte em meados de dezembro "têm natureza técnica com diversos graus de complexidade".
Após um período sem tocar no assunto, o presidente, Jair Bolsonaro (PL), voltou a questionar a confiabilidade do sistema eleitoral brasileiro através do uso das urnas eletrônicas.
Em uma live na quinta-feira passada (10), o presidente afirmou que as Forças Armadas estavam aguardando as respostas do TSE sobre "várias, dezenas de vulnerabilidades" que teriam levantados sobre o sistema de votação.
Sem mencionar Bolsonaro, o TSE afirmou que o pedido das Forças Armadas na Comissão de Transparência Eleitoral foi protocolado próximo do recesso e que, após esse período, o conteúdo começou a ser elaborado.
"Cabe destacar que foram apenas pedidos de informações, sem qualquer comentário ou juízo de valor sobre segurança ou vulnerabilidades", afirmou a Corte eleitoral.
Em uma tentativa para aumentar a comunicação e o tom amigável com os militares, o ministro do Supremo Tribunal Eleitoral (STF), Alexandre de Moraes, convidou o ex-ministro da Defesa, general da reserva Fernando Azevedo, para ser o diretor-geral do TSE.
A aceitação do convite por Azevedo bastou para que sua figura fosse colocada na lista de "traidores" de Bolsonaro entre militares bolsonaristas da reserva e auxiliares do Palácio do Planalto, segundo a revista Veja. "É o novo Santos Cruz", disse um ex-colega de ministério citado pela mídia.