O Pentágono publicou sua estratégia para enfrentar a falta de concorrência no setor de defesa dos EUA, estipulando novos métodos para impulsionar a supervisão de fusões de empresas e reduzindo barreiras à entrada de pequenas empresas.
O relatório, divulgado na terça-feira (15), se compromete a "confrontar os desafios colocados pela consolidação da indústria, e trabalhar para assegurar suficiente capacidade doméstica e capacidade em setores de base industrial prioritários".
É sublinhado que o Pentágono se tornou dependente de um pequeno número de empreiteiros desde os anos 1990, com o Departamento de Defesa norte-americano acrescentando que trabalhará com a Comissão do Comércio Federal e Departamento de Justiça do país se uma proposta de fusão impactar a indústria de defesa.
O Pentágono também prometeu tomar medidas para assegurar a resiliência da cadeia de abastecimento em cinco sectores, incluindo fundição, mísseis e munições, armazenamento de energia e baterias, além de materiais estratégicos e críticos, e microeletrônica.
Na terça-feira (15) o jornal The Hill citou um membro sênior da administração como dizendo que a indústria de defesa "é vital ao departamento porque melhora o custo e desempenho, e promove maior inovação para os produtos e serviços necessários para apoiar a defesa nacional".
"A concorrência insuficiente pode deixar lacunas, e cobrir essas necessidades leva em alguns casos a haver apenas uma fonte, um pequeno número de fontes ou dependência de fontes estrangeiras adversárias para uma necessidade de defesa, o que pode colocar riscos de missão ou segurança nacional", acrescentou o funcionário anônimo.
Em julho de 2021 Joe Biden, presidente dos EUA, assinou uma ordem executiva para contrariar a falta de concorrência na indústria americana, estabelecendo 72 ações para mitigar a crise que a Casa Branca dizia estar acelerando a inflação em uma economia atingida pela crise da COVID-19.
Na época, a Casa Branca disse que "em mais de 75% das indústrias dos EUA, um pequeno número de grandes empresas agora controlam mais do negócio que eles tinham há 20 anos", e que esta falta de competição "aumenta os preços para os consumidores".