Os líderes começaram a reunião no Kremlin sem restrições adicionais anti-COVID-19: a conversa ocorre sem distanciamento social, antes das negociações os presidentes apertaram as mãos. Não foi vista uma mesa comprida comum para os encontros de Putin com os políticos.
O presidente russo ressaltou que os dois países trabalham "ativamente nos fóruns internacionais" e disse que, apesar de todas as restrições no ano passado, "o crescimento de nosso comércio bilateral registrou uma alta de 87%".
Segundo as informações apresentadas nas matérias preparadas para a reunião presidencial, o volume de trocas comerciais entre a Rússia e o Brasil atingiu a meta de US$ 7,5 bilhões (R$ 38,7 bilhões).
Vladimir Putin expressou sua esperança que o encontro seja produtivo, e acrescentou: "É muito importante porque o Brasil é o nosso principal parceiro, parceiro comercial na região da América Latina".
Por sua vez, Jair Bolsonaro também apontou a colaboração ampla entre o Brasil e a Rússia em várias áreas, como setores da agricultura, defesa, petróleo e gás, e seguiu:
"Tenho certeza que até essa minha passagem por aqui dá um retrato para o mundo que nós podemos crescer muito nas nossas relações bilaterais".
O chefe de Estado também manifestou a esperança de que o encontro "será muito produtivo para os nossos povos".
Ele agradeceu ainda ao presidente russo pelo indulto a um brasileiro no ano passado. O motorista de um jogador de futebol, Robson Oliveira, foi detido na Rússia há três anos por transportação de metadona, drogas que seriam do sogro do jogador. Ele foi liberado apenas no ano passado por aprovação de um perdão ao brasileiro pelo presidente russo.
Durante as negociações, os dois presidentes devem discutir as perspectivas de diversificação da estrutura do comércio mútuo entre o Brasil e a Rússia por conta de produtos com elevado valor agregado, de acordo com materiais preparados para o encontro.