De acordo com o Centro de Estudo de Objetos Perto da Terra do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL, na sigla em inglês) da NASA, esse registro histórico é de asteroides de tamanho médio a grande, com diâmetro superior a 140 metros, capazes de causar algum estrago na superfície da Terra.
A 10.000ª detecção aconteceu no dia 6 de fevereiro e de lá pra cá o sistema de monitoramento continua em atividade 24 horas por dia.
Segundo dados do JPL, a maioria dos registros feitos diariamente são de asteroides de pequeno porte, que se estiverem em rota de colisão com o nosso planeta, provavelmente seriam destruídos ao entrarem na atmosfera. Contando os pequenos asteroides, o número supera os 28.000.
A principal preocupação dos astrônomos é com os asteroides gigantes de diâmetro maior que 1.000 metros, que, caso entrem em rota de colisão com a Terra, poderiam destruir cidades. Dos 10.000 registros de asteroides de médio e grande porte, apenas 888 são considerados gigantes.
A NASA acredita ter detectado todos os asteroides capazes de gerar danos catastróficos na Terra que passaram a uma distância de pelo menos 195.000 quilômetros do Sol. O mesmo não pode ser dito com os corpos celestes considerados médios, com diâmetro entre 140 e 1.000 metros, a agência espacial acredita que tenha detectado apenas 40%.
O objetivo é ser capaz de detectar ao menos 90% nos próximos anos. Dois novos projetos de auxílio nessa monitorização serão iniciados em 2023 e 2026: o Observatório Vera C. Rubin, no Chile, e o lançamento do telescópio espacial chamado Objetos Perto da Terra Surveyor (Near-Earth Object Surveyor, em inglês), respectivamente.